domingo, 27 de setembro de 2009

Sede

Ando com uma sede insaciável,
faminta de idéias;
Onde o sentimento transborda,
não de madrugada;
Mas em um final de tarde volumoso;
Assim de repente,
brotando da terra,
sem aviso de chegada
e sem data de partida.
(R.C.)
Quero propor um verso,
com a fragância de rosas murchas,
de pétalas enegrecidas e envelhecidas,
como um bolero antigo,
um passo esquecido,
um contraponto desfeito.
(R.C.)

terça-feira, 7 de julho de 2009

Falar sobre si,
ótima forma de exaltar qualidades,
ou de se culpar pelos defeitos;
Defeitos esses que humildemente,
transformo-os em autopiedade,
ou os quais, simplesmente,
são mascarados, na verdade
por uma grande vaidade.
Falar de si, não é simples,
ou chega ao menos a ser irresistível;
Focar uma atenção,narcisa,
ao que os olhos de outrem não repara;
Mostrar o invisível, que quer ser revelado,
falar de forma doce, até cômica,
com ironismos leves,
mostrar a parte clara,
branda,
o que é de fato humano,
e o que é de fato pincelado;
Falar de si, é pincelar a própria cara
com as cores que você quer escolher
e apresentar o quadro que você quer expor.
Prefiro então,
esquecer-me de mim,
pra poder me encontrar,
despida, da cabeça aos pés.
(R.C.)

terça-feira, 2 de junho de 2009

Mês de Maio
Noite inspiradora no mês de Maio,
quantas luas, astros, estrelas e astrologias ja rodaram no redemoinho do mundo,
quantos arranhas céus ja gritaram e quantas constelações ja choraram,
Deuses madrigais, amores carnais, amantes e nada mais.
São palavras que gotejam e bocas que esperneiam.
O livro aberto das emoções da direito a brincar e rodar,
de confundir e esclarecer,
é abstrato, surreal e onírico.
(R.C.)